quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Para você...

Novo amor, há quatros anos duas perguntas não me saem da cabeça: 'POR QUE CARALHOS EU TENHO TANTA MÁ SORTE NO AMOR?' e 'POR QUE CARALHOS PROJETO MINHA VIDA COMO SE, PARA VIVER PLENAMENTE, EU PRECISASSE AMAR?'. Não digo amor de amigos. Desse eu não posso reclamar. Sou amada e sei disso. Eu falo desse amor louco, desgovernado, inconsequente e que faz tanta falta. Durante a madrugada fiz um balanço da minha vida amorosa dos últimos três ou quatro anos. Foram quatro namoros duradouros e dois que foram apenas erros de percurso. Não entenda isso como desprezo, certo? Digo isso porque eu e essas pessoas temos a consciência que deveríamos ter deixado ali, como começou, com a timidez e sorriso de canto de boca. Talvez teríamos a chance de ser amigas hoje em dia. Dos quatro namoros, um casamento. Não tão duradouro assim, mas que me tornou metade da pessoa que sou hoje. Me ensinou que, quando a gente quer, só consegue se a outra pessoa estiver disposta. Não adianta apressar, não adianta colocar os planos em prática sem antes saber o que a outra pessoa pensa. Ok! Isso me fez pensar o quão unilateral tem sido meus relacionamentos. Culpa minha. Culpa feia e toda minha. Eu te adianto que tenho essa mania de achar que todomundomeamatanto e que isso chega a ser patético. Voltando ao casamento. Perdão se estou exagerando com 'casamento', mas moramos juntas. Isso é casamento para mim. Falando nisso: você sabia que eu quero casar? Pois é. Quero! Eu sou daquelas românticas que sonham com casamentos, jantar à luz de velas e buquê de flores.

Não quero ser chata, nem tão pouco melosa demais. Se você já tiver achando esse texto chato e meloso, pode parar de ler por aqui, porque essa é a chave da coisa toda: eu sou chata e melosa demais. Eu tenho mil amigos! Daqueles que se pular da ponte, estão em baixo para me segurar. Mas eu sinto um vazio sem você, entende? Eu sei que boto expectativas demais onde não devo, mas se não fosse assim, o vazio ficaria maior. Eu sou um desastre, novo amor. Se você pegar a descrição das escorpianas vai dizer 'Thammis não nega o signo'. Mas esqueceram de me dar aquele poder de superar as coisas e ser extremamente auto-suficiente. Acho que ninguém é assim, certo? Todo mundo precisa de alguém. Amar é preciso, minha gente. Mas eu queria ter esse poder vezenquando. Alguns podem achar que reclamo de barriga cheia, mas eu sei que o que se passa aqui dentro. 'um encontro sem procura era tão inútil quanto uma procura sem encontro'. Eu só queria dizer que depois dessa madrugada decidi ser alguém melhor. Melhor para mim, melhor para você. Eu tenho dezenove anos e não preciso ficar me lamentando por te procurar e não encontrar.

Novo amor, quando você aparecer, saiba que darei meu mundo, minha vida e meu coração. Que consertarei seu coração rasgado. Que terás o carinho do mundo inteiro só para você. Não importa se você mora em João Pessoa, São Paulo, Recife, China... Não importa se terei que aguentar uma viagem de três horas só para ficar cinco minutos... Serei a mais zelosa, a mais honesta. Mas, por enquanto, querido novo amor, quero dizer que vou ser feliz. Para que quando você me encontre, minha felicidade seja tão grande que faça você esquecer seus problemas apenas com um sorriso. Para que você me encontre plena. Eu quero ser feliz, mas com você. Por isso, não demora muito para aparecer, tá? Te espero ansiosa.



Beijos e carinho sem fim...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Se eu não te conhecesse tão bem, sua reação seria uma completa surpresa. Tudo que te disse naquele sábado foi verdadeiro. Quando sentei naquela calçada, tive medo de te perder. Você é uma das minhas grandes amigas. Isso eu não quero perder. Eu acho que confundi sentimentos. Eu te quero bem. Eu só te quero bem, vale dizer. Nem nas piores brigas desejei seu mal. Nada. Nem que um cisco entrasse no seu olho. Você sempre será minha avenca. É! Aquela do texto. Aquela que nunca imaginei que se tornaria algo tão grande e pela qual tive que abrir portas, janelas, telhado. Eu te disse coisas duras, porém sinceras. O que a gente tem é algo que ninguém jamais vai conseguir tirar. Falando por mim, pelo menos. Eu só não consigo mais viver nessa roda gigante metida a montanha russa. Porque é duro demais, exige demais, é ilusão demais. Gostaria de pedir desculpas pela minha reação. As lágrimas que deixei rolar foram verdadeiras. Você é daquelas que eu quero sempre perto, mesmo quando digo que não. Perguntar se você quer que eu desapareça é meu jeito estranho de perguntar se vai ficar tudo bem. Eu tive muito tempo para pensar. Muito. Eu compreendo você. Eu gosto de você. Amo você. Só desisti de nós duas como casal. Cansei de arremessar meu coração repetidamente contra sua muralha.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ela sempre soube. E eu também!

As voltas da minha vida sempre foram de 360º. Sempre. Era oito ou oitenta. Simples assim. Até que você chegou. Amiga como poucos. Sintonia que não via há muito tempo. Vontade de saber que está tudo bem, de fazer tudo ficar bem. Eu deveria ter deixado dessa forma, porque estava gostoso só ficar te observando, ver como você rir bonitinho e tímido de canto de boca. Até que você deu outro 360º. Fiquei muito bem com isso. Super bem. Super satisfeita. Época nova. Pessoa nova. Sentimentos novos. Confiança. Esperança.

Aí, sem mais nem menos, você desfez a volta. Disse que não estava pronta, que foi cedo demais. Não vou dizer que fiquei satisfeita com isso, certo? Mas quem deu a volta foi você. Ela era sua. Você tinha todo direito de fazer com ela o que quisesse. Você seguiu com sua volta desfeita e eu segui com uma ilusão apagada. Até que você voltou. Tão inesperada quando chegou. Diz que voltou diferente. Você não nota que voltou exatamente igual? A única diferença é o compromisso que você jura de pés juntos que não quer ter. Quer saber? Você sabe que pode dizer que não se importa, mas implica com qualquer intimidade maior de alguém que você não conhece. Você me olha triste quando levanto para atender alguma ligação. Você sabe que pode ter milhões de mulheres mais bonitas, gostosas, atraentes, “orgulhinho para sair mostrando”. Sabemos disso. Mas você sabe muito bem que nenhuma delas é melhor que eu. Você prefere não ver, mas eu vejo você esse tempo todo.

Quero dizer que você chegou e mudou tudo. Mudou as minhas voltas, meu humor, meu jeito que tratar desconhecidos, mudou muita coisa. Mas não me mudou. Continuo precisando saber onde estou pisando. Eu preciso disso para arriscar, entende? Não temos um contrato, mas combinamos que não seremos. Não sei bem o que, mas não seremos. Eu quero que você continue dando muitas voltas na minha vida, mas não as desfaça. Nunca mais. Relaxa! Não vou morrer de amores por você. Não agora. Posso colocar um post-it na sua carteira? Eu tento ser sua, quero ter razão quando digo que você é minha. Mas esbarro nos seus limites.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Chamem a Madonna.

Um problema comparado a outro problema, emendado a outro problema, embolado com outro problema.
Sempre um quer parecer pior que o outro. Qual a vantagem? Dó? Piedade? Passadas de mão na cabeça? Fazer com que o outro sinta-se fútil porque o problema de um é maior que o outro, e estamos reclamando de barriga cheia?

Todo mundo tem problemas, só não é preciso gritar aos quatro ventos o que acontece ou deixa de acontecer na vida desse bando de infelizes. Que aí, quando a gente chama de infeliz e desgraçado, ficam bravos. Mas se o mundo está assim com eles, se eles estão por aí, com problema com a namorada, a mesada diminuiu, o pai tirou o carro, brigou com a mãe, assumiu a homossexualidade e os pais não disseram "que ótimo, meu filho!" e essas coisas todas, e eles fazem questão de reclamar disso e de chorar as pitangas pro primeiro que aparecer e pros próximos 20 que vierem, é porque querem, sim, parecer um bando de infelizes e desgraçados e que a humanidade tenha dó e piedade desses pobres indefesos.

Foda-se essa gente.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Vida Torta de Limão

Comparando com alguma coisa, resolvi que minha vida afetiva é uma torta de limão: doce e azeda.

O doce:
Estou quieta, quieta como uma pena. Porém, o vento me levou para o meio do asfalto e, entre um carro e um caminhão, desvio, movendo-me e esquivando-me do perigo. É claro que consigo sempre sobreviver. Sobrevida, exatamente isso. E é claro que espero que alguém estacione e me tire do meio do caos, que além de perigoso, quando não está molhado e me afogo, está fervendo e queimo.
Já não sou uma pena bonita por dentro. Por fora, sou como as outras penas: absorvo todas as cores, e não me sobressaio entre a do piche.
Certa vez, juntaram-me e guardaram dentro de um bolso, mas o vento me levou de novo. Outro dia, fiquei trancada em um armário, abafada. Eu fugi. Depois, me jogaram fora porque eu não era mais tão macia. E assim eu fui me perdendo, até maio.
É claro que a vida me fez insegura. É claro que eu deveria colocar mais as 6395 vezes em que escapei de alguma forma, ou que escaparam de mim. Mas a vida é um resumo e a gente apaga muita coisa que, ou não serve mais, ou não queremos que sirva.
Por toda insegurança, não dei o primeiro passo, não levei a sério e deixei, sim, em banho-maria. Confesso, não sentia sinceridade em palavra alguma que me era dita. Ela era de São Paulo. Eu, de Santa Catarina. Ninguém me conhecia, ninguém a conhecia. Nós nos conheciamos... e sabiamos disso.
Por fim, apaixonaram-se: eu e a menina.

O azedo:
Nunca disse que após o terceiro encontro eu continuaria sendo o príncipe encantado do conto de fadas. Nem que o meu beijo é doce e que podes te envenenar. Nem que eu desvio o olhar. Nem que seria fácil. Nem que...
Essa distância, essa ausência, esse medo. E essa vida, que só é vida bem vivida quando, uma vez a cada mes, eu acordo ao lado dela. Esses dias que têm passado lentos, e longos, e tristes. Dias que o que me faz falta é o que sempre esteve comigo sem eu saber. E que mora tão longe, por erro geográfico do destino.

A questão é que eu sempre enjoei de torta de limão, mas agora tem sido diferente. Existe um ingrediente, apenas um ingrediente, que me faz querer que a torta de limão seja muito, muito, muito doce e que nunca falte em minha boca. O meu ingrediente secreto tem nome, sobrenome e o sabor de leite açucarado. E eu desejo que em cada mesa, em cada coração, por mais feia que seja a careta que se faça ao sentir o limão, cada pessoa tenha o direito a uma torta assim: com açucar, com afeto.

love,
B.

domingo, 19 de outubro de 2008

conformismo

se soubesse como tenho te amado
e percebido a
bagunça nesse teu olhar
entenderias como tenho te desejado
a ponto de meu peito estourar

se soubesse como tenho evitado
a possibilidade de não te amar
entenderias por que não tenho te procurado
nem esperado você chegar

só levo na lembrança
o beijo dos teus dedos com os meus

mike